Em uma entrevista a um canal italiano, o socorrista lembrou momentos finais de Ayrton Senna e reação da equipe médica; confira!
Em uma entrevista concedida ao canal italiano "Uisp Emilia-Romagna", o médico socorrista Alessandro Misley compartilhou detalhes sobre o resgate do então piloto brasileiro Ayrton Senna, que perdeu a vida em 1º de maio de 1994, exatamente há 30 anos, após um grave acidente na sétima volta do Grande Prêmio de San Marino. O acidente ocorreu na curva Tamburello, em Ímola, Itália, com uma velocidade superior a 300 km/h.
Inicialmente, Misley não tinha plena consciência da gravidade da situação, tendo encontrado o corpo do tricampeão mundial já no chão ao lado de seu carro. Ele seguiu os procedimentos padrão da Fórmula 1 durante os primeiros contatos, antes do helicóptero pousar na pista para transportar Senna ao hospital, marcando a primeira fase do resgate.
A situação era realmente dramática. Do ponto de vista cardiocirculatório ainda estava vivo, mas o sistema respiratório estava inundado de sangue, o que impedia os procedimentos de reanimação respiratória”, relembrou Alessandro Misley.
Um dos momentos mais marcantes foi quando o helicóptero pousou no hospital em Bolonha e o sangue de Sennaescapou pela parte de trás, sendo dispersado pelos rotores, criando uma cena chocante ao redor da área de pouso. Misley lembrou vividamente seu colega de profissão expressando desespero ao presenciar o ocorrido.
Quando o helicóptero baixou a traseira no pouso, o sangue vazou pelo fundo, com o giro dos rotores, borrifou em volta da área de aterrisagem. Me recordo do meu colega de profissão que estava no chão colocando a mão na cabeça de desespero”, contou.
Além disso, Misley relatou que Senna faleceu duas horas após receber os primeiros cuidados no hospital, apesar dos esforços da equipe médica, incluindo tentativas de transfusão de sangue, de acordo com o portal O Globo.
A morte de Senna, ocorrida um dia após o trágico acidente fatal do piloto austríaco Roland Ratzenberger, abalou profundamente o mundo do esporte, marcando um momento sombrio na história da Fórmula 1. Até hoje, Misley ainda se surpreende com a sucessão de eventos daquele fatídico 1º de maio de 1994.
