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Matérias / O Caso Asunta

O Caso Asunta: O que aconteceu com os pais de Asunta Basterra Porto

Nova minissérie da Netflix, 'O Caso Assunta' narra os eventos por trás do caso de Asunta Basterra Porto, possivelmente morta pelos pais adotivos

Candela Peña e Tristán Ulloa como Rosario e Alfonso em 'O Caso Asunta' - Divulgação/Netflix
Candela Peña e Tristán Ulloa como Rosario e Alfonso em 'O Caso Asunta' - Divulgação/Netflix

Nas últimas semanas, 'Bebê Rena' vem sendo de longe a produção mais comentada e assistida da Netflix, com uma narrativa grandemente inspirada em uma perturbadora história real, figurando, desde o momento de seu lançamento, uma posição entre as mais assistidas entre os brasileiros, é 'O Caso Asunta'.

Uma série vinda diretamente da Espanha, 'O Caso Assunta' se trata de uma dramatização em seis partes sobre o terrível assassinato da jovem Asunta "Fang Yong" Basterra Porto, que foi encontrada morta pouco antes de seu aniversário de 13 anos, em 2013 — e cujos principais suspeitos do crime são seus pais adotivos, Rosario Porto e Alfonso Basterra.

"Depois que um casal comunica o desaparecimento da filha, Asunta, de 12 anos, a investigação logo se volta contra os dois. Inspirada em eventos reais", diz a descrição da minissérie, disponibilizada pela própria Netflix.

+ O Caso Asunta: Veja a verdadeira história por trás da série da Netflix

O Caso Asunta

Apesar de a Netflix indicar que partes da série são ficcionalizadas — como é de padrão, para uma melhor progressão narrativa —, 'O Caso Asunta' é extremamente baseado na investigação desse episódio criminoso que chocou a mídia espanhola em 2013.

Na minissérie, acompanhamos logo no início Rosario Porto e Alfonso Basterra a partir do dia 21 de setembro de 2013, quando relataram o desaparecimento de sua filha adotiva, Asunta, nascida na China. Algumas horas depois, o corpo da menina foi descoberto na beira de uma estrada, na cidade de Teo.

Ao longo dos seis episódios, o espectador é aprofundado nas investigações do caso e nas teorias do que pode ter acontecido, que culminaram em duas possibilidades mais prováveis: uma de que Porto, a mãe, teria agido sozinha; e outra de que ela e Basterra planejaram o assassinato e agiram juntos.

Cena de 'O Caso Asunta' / Crédito: Divulgação/Netflix

Apesar das evidências, no fim, a trama deixa em aberto o que realmente aconteceu, pois o casal nunca admitiu qualquer irregularidade ou envolvimento com a morte da garota. Ainda assim, no fim do controverso julgamento, o júri considerou que a justificativa para o assassinato seria que eles estavam cansados de cuidar de Asunta, especialmente depois que o casamento se desgastou, e decidiram matá-la, segundo o The Guardian.

De qualquer forma, no fim da trama, vemos o julgamento de Rosario Porto e de Alfonso Basterra, que culminou na condenação de ambos a 18 anos de prisão por orquestrarem o assassinato de Asunta, em 2015. Mas afinal, o que aconteceu com eles depois?

Rosario Porto

Apontada como a principal envolvida no assassinato de Asunta, Rosario Porto passou por três prisões, desde sua sentença em 2015: primeiro foi enviada ao Centro Penitenciário de Teixeiro, no noroeste da Espanha; depois, foi transferida para outra prisão em Pontevedra; e por fim, a penitenciária de Brieva, em Ávila.

Cena de 'O Caso Asunta' / Crédito: Divulgação/Netflix

Em todos os três lugares em que esteve mantida, Rosario foi colocada em programas de protocolo anti-suicídio, segundo o El País. Isso não foi à toa: em fevereiro de 2017, ela foi hospitalizada ao induzir uma overdose de medicamento prescrito; em novembro de 2018, foi resgatada por funcionários da prisão enquanto estava com uma corda enrolada no pescoço e no chuveiro.

Porém, ela não foi impedida para sempre: em novembro de 2020, ela foi encontrada pendurada pelo pescoço dentro de sua cela.

Alfonso Basterra

Alfonso Basterra, que também foi preso em 2015, passou todos os últimos nove anos no Teixeiro, mesmo presídio de Porto, no começo. Ao longo dos anos, ele apenas buscou maior liberdade em sua sentença, o que sempre lhe foi negado — o que também se deve por seu comportamento questionável, ao ter sido pego "passando" um objeto proibido a um preso problemático do local.

Tristán Ulloa como Alfonso Basterra em 'O Caso Asunta' / Divulgação/Netflix

Em 2017, o jornal espanhol El Correo Gallego informou que Basterra tinha enviado uma carta aos produtores de um documentário sobre o caso Asunta. Em parte da mensagem, ele escreveu:

Quando recuperar a liberdade, tenho a firme intenção de desaparecer, ninguém mais terá notícias minhas, nem Rosario Porto".

Segundo o Today, em 2025, Basterra terá completado dois terços de sua pena, o que fará dele elegível para um possível regime aberto. Porém, ele segue afirmando que, independente de conseguir tal direito ou não, cumprirá cada último dia de sua sentença, a fim de provar sua inocência.